quarta-feira, 18 de julho de 2012

Clima de ditadura no Rangel Pestana

Professores, alunos e funcionários do Instituto de Educação Rangel Pestana afirmaram terem sido impedidos de entrar na unidade, ontem, por ordem da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC), com a presença da PM.
Professores só podiam entrar para checar notas e resolver assuntos do departamento pessoal e logo depois deveriam se retirar. Atividades que seriam realizadas nessas férias pelos alunos foram canceladas.

“No momento, vivemos uma ditadura dentro do Rangel, um novo AI5. Estamos todos muito tristes, indignados com a postura da Secretaria de Educação. Existem professores com mais de 40 anos de casa sendo desrespeitados. A Secretaria Estadual de Educação não reconhece nosso pleito. Falam que a medida usada por eles é normal. Isso tudo não passa de interesse eleitoral”, desabafa um dos integrantes da comunidade escolar. 

O Instituto de Educação Rangel Pestana é um dos mais tradicionais da rede pública estadual, com mais de 3 mil alunos e foi uma das primeiras escolas do Brasil a eleger seu próprio diretor. Desde maio a unidade vem sofrendo intervenções. A primeira delas foi à exoneração da diretora Luiza Leopoldina da Silva. Desde então pais, alunos e professores vêm realizando diversas manifestações e dizem não aceitar a posse do novo diretor José Luiz.


Na ultima sexta-feira, a comunidade escolar realizou eleição para a escolha do novo diretor e se reuniu com integrantes da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa (ALERJ) - deputado Comte Bittencourt e a deputada Djanira Rocha, que representava o deputado Marcelo Freixo (PSol), além de representante da SEEDUC com o intuito de solucionar a situação do IERP. Porém nada foi resolvido. Foi então marcada para o dia 1º de agosto uma audiência da Comissão de Educação na Secretaria de Educação sobre o concurso para diretores, já que esse novo modelo não está sendo aceito pelos docentes. 


Segundo a comunidade escolar tanto o novo diretor José Luiz, quanto o novo diretor adjunto Fernando, não prestaram concurso para assumir tais cargos e estão tendo acesso a documentos da escola. Fernando, aliás, não teve seu nome publicado no Diário Oficial


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