Proposta foi aprovada
esta semana pela Câmara dos Deputados.
No Rio, nos últimos seis anos, foram presos quase 700 milicianos
No Rio, nos últimos seis anos, foram presos quase 700 milicianos
Em 2008, a estimativa era de que até 171 comunidades fossem dominadas por milicianos no estado. A maioria na Baixada Fluminense e nas zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, os primeiros grupos de milícias começaram a atuar na década de 70 cobrando por serviço de segurança, mas foi nos anos 90 que as milícias passaram a agir com mais violência.
Na maioria dos casos, os integrantes são agentes de segurança pública que ameaçam e agridem moradores, obrigam a comunidade a pagar por serviços como fornecimento de gás, transporte clandestino e TV a cabo ilegal.
Desde 2006, já foram presos quase 700 envolvidos com milícias, no Rio. Entre eles, mais de 200 PMs, ex-PMs, policiais civis e bombeiros. Alguns chegaram a obter cargos políticos.
Mas no atual código penal, não há definição para milícia. Quem faz parte de um desses grupos só é punido se cometer outros crimes, como homicídio e extorsão. O projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados passa a punir quem integrar uma milícia - constituir, organizar,manter ou custear grupos que tem como finalidade praticar crimes.
A pena é de 4 a 8 anos de prisão.
E também aumenta a punição para os casos de homícidio e lesão corporal praticados por milícias ou grupos de extermínio. A dificuldade de combater as milícias levou o secretario de Segurança do Rio a pedir a inclusão desse crime no código penal. Para ele, se sancionado, o projeto de lei pode facilitar o trabalho da polícia.
“Você tem isso encerrado dentro de um conceito e dentro de uma pena específica para essa prática, eu entendo que é um facilitador. O policial precisa de um norte, é bom ele ter um norte muito claro e muito objetivo na sua frente para desenvolver a investigação”, afirmou o secretário José Mariano Beltrame.
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