O número de
trabalhadores
com carteira
assinada no
setor privado
cresceu 11,8% em
dois anos e
chegou a 33,9
milhões em 2011.
Os empregos com
carteira
assinada
representaram
74,6% do total
dos postos na
iniciativa
privada naquele
ano. Em 2009, a
proporção era
menor: 70,2%. Os
dados constam na
Pesquisa
Nacional por
Amostra de
Domicílios 2011
(Pnad),
divulgada ontem
sexta-feira (21)
pelo Instituto
Brasileiro de
Geografia e
Estatística
(IBGE). O
levantamento
mostra ainda que
o total de
empregados sem
carteira
assinada caiu
10,3% no período
e passou a
representar
apenas 25,4% da
força de
trabalho do
setor privado.
Segundo o IBGE,
a tendência já
vinha sendo
observada desde
2005. Todas
regiões
brasileiras
apresentaram
crescimento nos
empregos com
carteira
assinada, com
destaque para a
Centro-Oeste,
que teve o maior
aumento (19,2%).
A Região Norte
teve a menor
evolução entre
2009 e 2011
(9,1%).
“O nível de
educação [do
trabalhador] tem
um papel
importante
nisso. Pessoas
mais
escolarizadas,
em geral,
trabalham mais
com carteira
assinada. E
aumentou, nos
últimos anos no
Brasil, a
participação de
pessoas mais
escolarizadas na
mão de obra
total, na
população
economicamente
ativa”, destaca
Fernando de
Holanda,
economista do
Instituto
Brasileiro de
Economia da
Fundação Getulio
Vargas (Ibre/FGV).
A Pnad mostrou
ainda que a
maior parte da
força de
trabalho
brasileira é
formada por
empregados
(61,3%) e
trabalhadores
por conta
própria (21,2%).
Ambos os
segmentos
aumentaram sua
participação, já
que, em 2009,
representavam,
respectivamente,
59% e 20,7%. Já
as demais
categorias
ficaram estáveis
ou tiveram queda
no período.
Os trabalhadores
domésticos, por
exemplo,
passaram de 7,8%
a 7,1% do total;
os empresários,
de 4,4% para
3,4% e os não
remunerados, de
4,1% para 3%.
Ainda de acordo
com a Pnad, o
percentual de
negócios
registrados no
Cadastro
Nacional da
Pessoa Jurídica
(CNPJ) cresceu
no período. Os
trabalhadores
por conta
própria que
tinham negócio
registrado
passaram de 14%
para 15,6% e
chegaram a 3,1
milhões. Já os
empresários com
negócios
registrados
passaram de
68,4% para 75,5%
do total e
chegaram a 2,4
milhões.
Entre os
segmentos
econômicos que
mais empregam no
país, destaca-se
o setor de
serviços, cuja
força de
trabalho cresceu
5% no período e
passou a
representar 41,5
milhões de
pessoas (cerca
de 45% do
total). O
segmento de
comércio e
reparação teve
alta de apenas
1,9% na força de
trabalho, mas
continuou
apresentando o
segundo maior
contingente de
mão de obra do
país: 16,5
milhões (18% do
total).
O mercado de
trabalho da
construção civil
foi o que mais
cresceu entre
2009 e 2011
(13,6%) e passou
a representar
8,4% (7,8
milhões) do
total. Em 2009,
o setor
respondia por
7,5% da força de
trabalho do
país.
Os segmentos
agrícolas e
industriais
tiveram queda no
número de
empregados, de
7,3% e de 8%,
respectivamente.
Em 2011, a
agricultura
empregava 14,1
milhões de
pessoas (15% do
total) e
indústria, 12,4
milhões (13%).
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