Os consumidores brasileiros já sentem no bolso e na mesa os reflexos
das variações climáticas no Sul do país: o preço do arroz nos
supermercados subiu 3,68% este mês, acumulando alta de 13,04% desde o
início do ano. E a expectativa dos economistas é que continue a subir
ainda mais. Os dados são prévia do Índice Geral de Preços - Mercado
(IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV). No campo, o custo subiu ainda
mais: 11,25% este mês, com alta de 34,84% no acumulado desde janeiro.
Segundo
o economista responsável pelo índice, Salomão Quadros, pela diferença
das taxas acumuladas, deve haver aumento ao consumidor nas próximas
semanas.
“Como o arroz ficou caro no campo e essa alta está
começando a chegar no varejo, a partir de experiências anteriores, é
possível dizer que os preços tendem a subir mais para o consumidor nos
próximos meses”, afirmou o especialista, em nota.
De acordo com
dados do Departamento Intersindical de Estatíscia ee Estudos
Socioeconômicos (Dieese), o preço médio do quilo do arroz é de R$ 1,96,
no país.
Para Salomão, se o preço subir, vai recuperar o terreno
perdido para o feijão, que este ano teve alta de 25% a 50% para o
consumidor, dependendo do tipo. O preço do feijão preto, mais consumido
no Rio, subiu de 45%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo - 15 (IPCA-15)— dado oficial usado para medir a inflação —
divulgado na quinta-feira —, mostrou alta de 3,97% no arroz em setembro.
Outros itens também ficaram mais caros: batata (15,62%), cebola (9%),
alho (6,08%), ovos (5,09%), tomate (4,52%), frango (3,46%) e pão francês
(2,30%).
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