Governo autoriza o Rio a contratar R$ 7 bilhões em financiamentos

O estado do Rio de Janeiro poderá contratar mais R$ 7,055 bilhões em empréstimos. Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o governador do Rio, Sérgio Cabral, assinaram protocolo de entendimento que permite ao estado ampliar nesse valor seu limite de operações de crédito na revisão do Programa de Reestruturação e Ajuste fiscal (PAF) para o período de 2012-2014.

- Trata-se do maior espaço fiscal dado ao Rio de Janeiro. Primeiro foi R$ 1 bilhão, depois R$ 2 bilhões e agora R$ 7 bilhões - comentou o ministro durante audiência com Cabral.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse que o estado vai investir o valor, sobretudo, para atender às competições esportivas que serão sediadas no Brasil nos próximos anos. Ele afirmou que, com as competições, o estado tem um legado para a deixar para a população. O governador destacou que o dinheiro será destinado a projetos de mobilidade urbana, segurança pública e nas favelas.

Segundo ele, até 2016, o governo vai concluir a linha 4 do metrô, que liga a Barra da Tijuca à Zona Sul.
- É uma linha fundamental para salvar o Rio de Janeiro de engarrafamentos insolucionáveis na ligação da Zona Sul e a Barra e também com o centro da cidade e a Zona Norte. Será o maior de todos os investimentos. Será concluída em março de 2016. É uma obra do meu governo que não inauguro - afirmou.
Ele acrescentou que o governo vai investir pesadamente em saneamento básico.

Segundo a Fazenda, o Rio pode usar os recursos para investir em programas de desenvolvimento econômico, social e sustentabilidade fiscal, além de modernização da gestão das instituições de segurança pública e mobilidade urbana. Obras civis rodoviárias, implantação e recuperação de rodovias estaduais também podem ser o destino desses recursos oriundos de financiamentos, divulgou a Fazenda. Estão previstos, ainda, financiamento de contrapartida do governo estadual no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

No último dia 16 de agosto, Mantega anunciou o aumento de R$ 42,2 bilhões no limite de contratação de operação de crédito para 17 estados. O Rio não havia sido incluído nesse montante.