Projeto de R$ 200 milhões prevê arquitetura que
ajude no tratamento dos pacientes
O novo
Hospital Universitário da UFRJ, na Ilha do Fundão, só começa a ser construído
no fim de 2013, e o custo previsto para a obra é de R$ 200 milhões. Como
antecipou a coluna de Ancelmo Gois no GLOBO, a nova instalação terá 450 leitos
e será construída ao lado do atual Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho (HUCFF), que desde de janeiro passa por reformas.
Com área
total de 80.000m² e investimento do governo federal, o projeto pretende atribuir
uma arquitetura terapêutica ao ambiente hospitalar. O projeto, desenvolvido
pelo professor Mauro Santos, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
universidade, prevê mais espaços para convívio social e integração com a
natureza.
— A ideia
é que as instalações sejam iluminadas, ventiladas e confortáveis, para que
sejam alcançados melhores resultados na assistência à saúde dos pacientes. A
previsão é que, após o início das obras, as instalações fiquem prontas em cinco
anos — contou Mauro.
O prédio
atual do HUCFF está cercado de polêmicas. A unidade tem falhas estruturais e um
número reduzido de leitos e pacientes. Em maio deste ano, alunos de medicina
que utilizam as instalações para aulas práticas divulgaram fotos no Facebook
que mostravam a deterioração do edifício, obras inacabadas e aparelhos
abandonados. Sem informar a verba disponibilizada pelo governo federal para a
reforma do prédio, a assessoria do hospital afirmou que há oito meses a unidade
passa por obras de reparo. A assessoria disse ainda que o andamento desses
trabalhos é comunicado mensalmente ao Ministério da Educação (MEC) e que não há
um prazo para o fim de toda a reforma.
Medidas
sustentáveis para o novo hospital
Segundo a
reitoria da UFRJ, o projeto básico do novo hospital é todo feito pela Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo. Para as obras, será aberto um processo de
licitação, que ocorrerá em 2013. Ao todo, serão 17 blocos de até cinco andares
cada um. As equipes do Atelier Universitário e Espaço Saúde da UFRJ,
coordenadas por Mauro Santos, estão desenvolvendo ainda medidas sustentáveis
para incorporar ao projeto:
—
Externamente, os blocos terão vidros que deixarão os locais claros e
iluminados. E queremos colocar painéis nas fachadas que funcionem como proteção
para o sol, mas que também sejam captadores de energia solar.
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