sábado, 1 de setembro de 2012
Derrubada de árvores gera protestos
Esta semana um movimento tomou conta das páginas do Facebook, por conta da derrubada criminosa de árvores em Nova Iguaçu. Há cerca de duas semanas os moradores foram surpreendidos pela derrubada de 70 árvores, em um trecho de 2,5 Km, na Avenida Tancredo Neves, antiga Guadalajara, paralela ao muro da linha férrea. Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu (CODENI), às árvores foram ‘mortas’ para que fosse construído um calçadão.
O evento “Mobilização ecológica em defesa das árvores” foi criado pelo ambientalista Núbio Revoredo com o intuito de alertar a sociedade e as autoridades municipais sobre a gravidade da situação e para evitar que ações como essa se repitam. A manifestação está marcada para este domingo (2), às 10h, embaixo do viaduto próximo ao Supermercado Extra. A concentração será às 9h, com oficina de cartazes.
Durante o manifesto serão fincadas cruzes nos “tocos” de algumas árvores. Segundo Núbio, na definição do evento, “Representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente afirmam que não foram sequer informados sobre a intenção do corte dessas árvores”.
“Durante nosso ato fincaremos cruzes nos tocos das árvores que foram mortas para lembrarmos a todos que não é possível sobrevivemos sem o oxigênio gerado por elas. Nesses dois quilômetros e meio a Prefeitura poderia plantar um corredor com centenas de árvores, o que aumentaria significantemente a qualidade de vida da população. Ao longo da sombra das árvores pode ser feita uma ciclovia ligando Comendador Soares à rodoviária, beneficiando moradores de vários bairros e melhorando o trânsito. E mesmo considerando a possível utilidade da calçada, as árvores não precisariam ter sido derrubadas”, disse Núbio na descrição do evento. “A opção é nossa. Ou vemos calados mais árvores sendo mortas ou nos juntamos e decidimos viver em uma cidade arborizada”, acrescentou.
De acordo com o ambientalista e jornalista, Ricardo Portugal, no ato de domingo vai correr um abaixo assinado para ser enviada ao Ministério Público reivindicado uma abertura de ação civil pública contra a Prefeitura de Nova Iguaçu. “O ato não tem cunho eleitoral, são pessoas comuns, indignadas com a ação do Poder Público, pois a derrubada das árvores foi de forma abusiva”, informou.
A voz dos revoltados na internet
O JH verificou alguns depoimentos de cidadãos revoltados com a “matança” das árvores na página do evento: “Mandaram brasa em árvores de 30 e 25 anos, enraizadas em locais apropriados e ignoram todos os motivos e importância em que a arborização atende e nos beneficia. Estas árvores além de tudo davam uma bela sombra e protegia da chuva na espera do ônibus neste ponto sem proteção estrutural de coberturas de espera para embarque e desembarque dos coletivos”, disse Maurílio Sal.
“Eu só tinha reparado no corte da amendoeira ao pé da passarela, próxima ao Supermercado Extra. Passando apressada, imaginei que fosse por conta de cupins ou algo do tipo. Quando fui informada, aqui, pelo Núbio, que foram todas, ao longo do percurso. Fiquei horrorizada”, contou Liliam Ponte.
“Irresponsabilidade ambiental e um serviço de terceira categoria da Prefeitura de Nova Iguaçu”, disse Helder Ferreira, também ambientalista.
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