sábado, 8 de setembro de 2012

Botijão de gás vai ficar mais leve







Liquigás testa na casa de 12 mil consumidores vasilhame feito de fibra de vidro

 Cerca de 12 mil consumidores das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre estão testando novas embalagens de botijões de gás liquefeito de petróleo (GLP) feitas de fibra de vidro termoplástico e polietileno de alta densidade, mais leves que as tradicionais embalagens de aço. O produto inédito no Brasil foi trazido ao País pela Liquigás Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Os testes começaram a ser feitos em fevereiro.

De acordo com o diretor de GLP envasado da Liquigás, Paolo Ditta, a nova embalagem, batizada pela empresa de LEV, é uma inovação no mercado brasileiro. Conforme o diretor, o novo botijão é sucesso nos mercados americano, europeu e asiático. Ele se destina, principalmente, ao consumidor residencial “e também a consumidores específicos, para os quais o peso, o material e as dimensões do vasilhame fazem diferença, como os usuários de trailers e embarcações”.

Segundo Ditta, o produto é sustentável já que a cobertura rígida é confeccionada com material reciclável. Os botijões LEV foram importados da empresa Amtrol Alfa, maior fabricante de botijões do mundo, que responde pelo desenvolvimento e fabricação do produto em Portugal.

A Liquigás informou ainda que, após a avaliação dos resultados dos testes, será elaborado um relatório sobre a viabilidade da comercialização e a instalação de uma fábrica para produção das embalagens de fibra de vidro no País. Os resultados dos testes serão encaminhados à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que regula o mercado de GLP quanto à armazenagem e distribuição. A certificação do novo botijão já foi concedida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Sindicato diz que modelo de aço é seguro

Presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello disse que os botijões de aço são seguros e estão no mercado brasileiro há 75 anos. Segundo ele, a grande vantagem é o que o equipamento é extremamente resistente e apresenta baixo custo de manutenção.

“O tempo médio de um botijão ultrapassa os 35 anos. Ele tem várias versões e é seguro”, afirmou Mello.

Conforme o presidente, existem em todo o País cerca de 110 milhões de botijões de 13 quilos — o mais usual nos lares brasileiros. “Creio que o botijão leve vai ocupar um nicho de mercado ainda há ser identificado. No mercado mundial esse equipamento ocupa de 2% a 7% do mercado”, disse.

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