sábado, 8 de setembro de 2012
Terremotos no sudoeste da China deixam 50 mortos e 160 feridos
China - Pelo menos 50 pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas em um terremoto de magnitude 5,7 e sua série de réplicas que sacudiram nesta sexta-feira as províncias de Yunnan e Guizhou, no sudoeste da China, e fizeram com que cerca de 100 mil pessoas tivessem que deixar suas casas. Segundo a rede de televisão estatal "CFTV", o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, foi à região afetada, que tem alta densidade populacional.
Terremotos no sudoeste da China deixam 50 mortos e 160 feridos
Todas as 50 mortes confirmadas aconteceram em Yunnan. De acordo com a prefeitura de Zhaotong, 49 pessoas faleceram em Yiliang, cidade vizinha de Luozehe, onde foi detectado o epicentro do terremoto. A outra vítima estava em Zhaotong.
Mais de 20 mil famílias perderam seus lares, e 100 mil pessoas tiveram que ser evacuadas apenas nesta província, segundo os primeiros cálculos oficiais, mas as autoridades já estimam que o número total de afetados em Yunnan e Guizhou chegue a 700 mil. Milhares de tendas de campanha, cobertores e roupas começaram a ser enviados para os desabrigados.
O terremoto aconteceu às 11h locais, com epicentro a cerca de 15 quilômetros do centro de Yiliang, teve uma profundidade de 14 quilômetros e foi seguido por até 16 réplicas, de acordo com o Centro de Controle de Terremotos da China. O prefeito de Luozehe, Li Fuchun, disse à agência de notícias estatal "Xinhua" que "o mais difícil agora para os trabalhos de resgate é chegar às áreas mais afetadas". "As estradas estão bloqueadas e as equipes de resgate devem escalar montanhas", explicou.
O oeste da China é uma região com frequente atividade sísmica. Em 2010, um tremor de magnitude 7,1 ocorrido na província de Qinghai (centro-oeste do país) teve saldo de 300 mortos e mais de 8 mil feridos. Em 2003, um terremoto de magnitude similar ao de hoje deixou quatro mortos e 594 feridos no condado de Ludian, próximo a Zhaotong. Foi nesta mesma parte do país, mas na província de Sichuan, onde aconteceu em 2008 o terremoto mais grave em mais de três décadas na China, com saldo de mais de 62 mil mortos.
A dimensão da tragédia foi atribuída na época à baixa qualidade das construções, entre elas escolas. Em entrevista à "Xinhua", o diretor do Escritório Sismológico de Yunnan, Huangfu Gang, declarou que a área afetada conta com uma densidade populacional de 205 pessoas por quilômetro quadrado, quase o dobro da média da província, o que contribuiu para aumentar o número de vítimas. O especialista também disse que as edificações daquela região, que é relativamente pobre, não estavam construídas para resistir a um abalo de tal natureza. Além disso, o terreno montanhoso também contribui para que as consequências de um tremor sejam maiores, pois podem ocorrer deslizamentos.
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