Doação, a solidariedade que pode salvar vidas

 Nesta quinta-feira (27), é comemorado o ‘Dia Mundial da Doação de Órgãos’ e o Estado do Rio de Janeiro é quem ocupa a segunda posição no ranking de possíveis doadores. A data busca conscientizar as pessoas da importância da doação de órgãos e tecidos e mostrar que o ato pode salvar vidas. 

A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), divulgou dados esta semana que mostram que no Rio de Janeiro foram identificados 315 doadores potenciais, mas, que 41% de total dessas famílias onde há quem queira doar, o transplante não foi autorizado. Essa então é maior barreira enfrentada. Todos os dias pelo menos seis famílias dizem "não" doação.

De janeiro a junho de 2012, foram identificados 4073 pessoas predispostas a doar órgãos e tecidos no Brasil. Desde contingente, somente 1217 se tornaram doadores efetivos. A recusa da família é o que atrapalha a realização dos transplantes. 63% das famílias entrevistados em todo o Brasil, negaram a doação alegando desconhecer a vontade de seu parente. Já no Rio de Janeiro, houveram 315 notificações e apenas 115 doadores. 

Para ajudar a mudar este cenário e diminuir o tempo da fila de espera da doação de órgãos, a ABTO e a indústria de medicamentos Norvatis, estão lançando a campanha "Doar não é um tabu. Conte para sua família. Conte com sua família", que tem como objetivo estimular as famílias a conversarem abertamente sobre o assunto, sem preconceitos e sem medo. Para ser um doador de órgãos hoje, basta manifestar esse desejo aos familiares, sem a necessidade de realizar um registro formal.

"Estudos mostram que pessoas com a intenção em ser um doador é muito maior do que o número real de doadores. Isso ocorre porque a família simplesmente não conhece a vontade de seu parente e na hora da entrevista acaba recusando a doação”, relata Dr. José O. Medina Pestana, presidente da ABTO. “Vencer essa barreira só depende de um gesto simples, por isso, queremos estimular que as famílias conversem e ajudem a salvar milhares de pessoas que hoje esperam por uma doação", reforça o médico.

Cerca de 24 mil pessoas no país estão nas filas de espera e contam com a colaboração do toda a sociedade para que sejam doadores. A cada não dito é uma esperança a menos para quem precisa de um transplante para ter a vida salva.

Sobre a campanha

A iniciativa será divulgada coma exibição de dois vídeos e contará com um site exclusivo repleto de informações, curiosidades e esclarecimentos sobre os principais mitos envolvidos na doação de órgãos e tecidos. Quem acessá-lo, poderá ainda, participar de um concurso cultural que irá eleger e premiar as melhores ideias sobre qual é a melhor forma de contar para a família que pretende ser doador.

Para participar, os interessados poderão enviar fotos, desenhos, textos, poesias ou vídeos que ilustrem como eles contariam para suas próprias famílias que são doadores. Os três primeiros colocados receberão vouchers de compras nos valores de R$ 5 mil, R$ 3 mil R$ 2 mil, respectivamente, e o grande vencedor ainda terá sua ideia transformada no terceiro vídeo de divulgação da campanha. Mais informações no site da ABTO.