A partir de segunda-feira, 500 militares do Exército iniciam o patrulhamento de bairros da Zona Oeste do Rio sob influência do tráfico e da milícia. O objetivo é garantir a segurança nas eleições municipais. No Complexo da Maré, na Zona Norte, haverá a presença de fuzileiros navais, mas o número de militares não foi definido. Segundo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Luiz Zveiter, o contingente estará à disposição a partir de amanhã, mas só entra em ação no dia seguinte.

A operação do Exército, das 8h às 18h, começa no bairro Gardênia Azul, em Jacarepaguá, sob domínio de milicianos, e pela Favela do Muquiço, em Deodoro, dominada pelo tráfico.

A medida foi aprovada quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ontem, Zveiter se reuniu com representantes do Exército; da Marinha; das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal; e do Corpo de Bombeiros, para concluir o planejamento.

O TSE aprovou o envio de tropas federais, mas só no dia da eleição, para Magé, São Gonçalo, Itaboraí, Rio das Ostras, Cabo Frio, Campos e Macaé. Zveiter justificou a necessidade da presença antecipada das forças federais no estado para não ter que deslocar os PMs que atuam nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Mal-estar entre Zveiter e o TSE
O anúncio de que o TSE não vai ceder, antes das eleições, forças federais a todos os municípios do estado gerou um mal-estar entre o presidente do TRE-RJ, Luiz Zveiter, e o TSE. De manhã, Zveiter chegou a dizer que iria avaliar se seria necessária a presença do contingente militar nas eleições. À tarde, ele recuou e anunciou a operação das forças militares na segunda-feira.