sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Megaoperação na Zona Norte do Rio tem um suspeito morto e dois presos


Dois menores foram apreendidos, além de armas, drogas e munições.
Na Chatuba, Beltrame verificou local das bases: 'É um esforço emergencial'.

Duas pessoas foram presas, dois menores apreendidos e um suspeito morreu em tiroteio com a polícia durante operação no Morro do Cajueiro, em Madureira, no subúrbio do Rio. A ação faz parte de uma série de incursões, das quais participam cerca de 350 agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil nesta sexta-feira (14) em, pelo menos, seis comunidades da Zona Norte da cidade.

No Cajueiro, os agentes apreenderam, ainda, duas pistolas, maconha, crack, três rádios transmissores, um binóculo, carregadores e munições. Já no Morro do Chapadão, em Costa Barros, foram apreendidos uma metralhadora antiaérea, 20 quilos de maconha e farto material para endolação de drogas. Todo o material foi encmainhado à 28ª DP (Campinho), segundo a Secretaria de Segurança.
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Segundo o delegado Júlio da Silva Filho, titular da 53ª DP (Mesquita), os dois presos são Carine Domingos Bonfim, de 24 anos, e Anderson Vargas Laucedo, de 35, e ainda não sabe se o casal teve participação na chacina. O suspeito morto é José Aldeci da Silva Júnior. Até 13h, o corpo dele permanecia no Instuto Médico Legal (IML) à espera de liberação.

O objetivo da megaoperação é prender suspeitos de envolvimento na morte de nove pessoas, no final de semana passado, entre elas seis jovens assassinados no Parque de Gericinó, em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Bases na Chatuba
Também nesta sexta, o comandante da Policia Militar, coronel Danilo Nascimento, se reuniu com oficiais da Baixada Fluminense para definir como será a ocupação da Chatuba. Segundo o coronel, 120 policiais ficarão em duas bases na comunidade, uma no Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) e outra na localidade do Bicão.
Beltrame foi verificar os pontos em que serão instaladas as bases 

Por volta de 12h, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, foi verificar a viabilidade da instalação das bases e em seguida voltou para o 20º BPM (Mesquita). De acordo com o secretário, a ação realizada na comunidade foi emergencial em função das nove mortes ocorridas no último final de semana.

“Não estávamos dirigidos a esse local agora, mas temos uma política de segurança onde não se pode aceitar que em questão de horas tenhamos oito ou 10 homicídios. Esse é um esforço emergencial”, disse Beltrame.


Polícia do Rio de Janeiro faz megaoperação e usa
blindado para prender suspeitos por assassinatos
na Chatuba (Foto: Janaína Carvalho/G1)

Segundo ele, o estado ainda possui outras regiões críticas como Vila Kenedy, Morro da Largatixa, Morro do Dezoito e o Chapadão. O secretário descartou, no entanto, a instalação de uma UPP na comunidade de Mesquita por enquanto.

“O que está em jogo aqui não é a migração, não é a questão dos homicídios. A questão aqui é que onde o Estado não está, o tráfico de drogas impera. É essa lógica que tem que ser quebrada. O que tivemos aqui é uma ação cruel do tráfico de drogas que age assim há muito tempo”.

Ainda segundo o secretário, o mais importante na região agora é quebrar o paradigma territorial. “Aqui no Rio de Janeiro a expressão microondas ganhou o mundo porque o tráfico dava fim a essas pessoas. Essa é uma realidade e é justamente contra isso que existe um a política.”

As ações desta sexta ocorrem no Morro do Chapadão, em Costa Barros; no Morro do Cajueiro, em Madureira; e no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. Há incursões ainda nas comunidades do Job, na Pavuna, além de Final Feliz e Bom Tempo, em Anchieta. No entorno das áreas de Jacarezinho e de Manguinhos são realizadas algumas blitze.

Ligações para o Disque-Denúncia
Até as 10h10 desta sexta, o Disque-Denúncia havia recebido 373 ligações referentes à operação Chatuba, com informações sobre os responsáveis pela Chacina de Mesquita.

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