Contrato revisto pode inflacionar a tarifa do metrô
Novo cálculo permite reajustar passagem acima do indicador
Rio - Os usuários do metrô devem preparar o bolso. O próximo reajuste da tarifa deve ficar bem acima do IGP-M — indicador da Fundação Getúlio Vargas utilizado para definir o aumento anual.
A cada cinco anos a concessionária MetrôRio pode revisar o preço da passagem considerando investimentos feitos no sistema, conforme previsto no contrato. Justo este ano, a empresa adquiriu 19 novos trens pelo valor total de R$ 320 milhões.
No cálculo de revisão, o MetrôRio fica autorizado a considerar, por exemplo, a necessidade de aumentar a eficiência operacional da empresa, os custos com empréstimos e financiamentos, investimentos e uma fórmula que considera o equilíbrio-financeiro da concessionária.
A empresa não quis se pronunciar. O reajuste sempre começa a valer no dia 2 de abril. O último aumento foi de 3,5% e levou o preço passagem de R$ 3,10 para R$ 3,20.
Nesta quarta-feira, foi publicado no Diário Oficial, pela Agência Reguladora de Transportes do Estado (Agetransp), a criação de um grupo de trabalho para planejar as ações da revisão de cinco anos do contrato.
Este ano, o aumento de 60% no valor da tarifa das Barcas — que passou de R$ 2,80 para R$ 4,50 — teve amparo justamente nas revisões quinquenais do contrato de concessão com a empresa.
Nesta quarta, a prefeitura multou o MetrôRio por irregularidades nas baias de parada de ônibus construídas na Avenida Presidente Vargas, altura da passarela do Metrô na Cidade Nova.
A fiscalização da Secretaria de Conservação emitiu três multas no valor total de R$ 8.559,30 por obra executada fora dos padrões.
Só este ano, a prefeitura já multou a concessionária pela mesma irregularidade vinte e duas vezes, num valor total de R$ 18.994,58.
Empréstimo para 60 trens
Foi assinado nesta quarta pelo governo do estado empréstimo para compra de 60 trens da SuperVia. As novas composições são sustentáveis.
Consomem de 30% a 35% menos energia, o que resulta em menor liberação de carbono do que os vagões tradicionais. Além disso, são mais silenciosas. O dinheiro — US$ 600 milhões ( R$ 1,22 bilhões) — virá do Banco Mundial.
Nesta quarta, uma passageira caiu no vão entre o trem e a plataforma na estação Campo Grande, no ramal Santa Cruz.
De acordo com a SuperVia, ela tentou embarcar em uma composição após o aviso de fechamento de portas. A ambulância do Samu foi acionada e chegou ao local 25 minutos após o acidente.
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