A segunda
mais declarada foi a de empresário (1.838), seguido por comerciante (1.026),
agricultor (986) e advogado (833). A profissão vereador foi apontada por 911
candidatos a prefeito, e se encontra na nona posição.
Comparado
à última eleição municipal, em 2008, a profissão entre os candidatos que mais
cresceu foi a de digitador (500%) - que, este ano, registra apenas seis
candidatos. Dezoito profissões aparecem no levantamento do TSE com apenas um
candidato, entre elas as de agente de viagem, serralheiro, jardineiro,
funileiro e terapeuta.
Já entre
os candidatos a vereador de todo o país, a ocupação mais declarada foi a de
servidor público municipal (37.844). A profissão “vereador” aparece em 6º lugar
(18.939), menos que dona de casa, que está na 5ª posição com 22.662.
Para o
cientista político Manuel Sanches, da UFRJ, os números mostram um grande índice
de reeleição de prefeitos em todo o país, que desejam se manter no poder. Além
disso, também revelam uma vaidade por parte daqueles que já foram eleitos, e
que esquecem suas verdadeiras profissões para se autoafirmarem como “o prefeito
da cidade”.
- É o
caso explícito da “Lei de Ferro da Oligarquia” (do sociólogo alemão Robert
Michels). Existe uma tendência de quem chega ao poder se reproduzir no poder. É
um fato que é registrado não só na política brasileira, e sim do mundo inteiro.
É uma tendência natural entre as pessoas que tem interesse na política. Quando
estas estão mais velhas, elas tendem colocar os seus filhos como candidatos, a
fim de perpetuar o poder. Esses políticos, naturalmente, criam esta oligarquia,
que vai se reproduzir e se manter no poder - disse, usando como exemplo o caso
do candidato Rodrigo Maia (DEM), filho do ex-prefeito Cesar Maia.
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