Para tentar resolver problemas relacionados à saúde antes que virem
processos e gerem liminares (decisões de urgência), o Tribunal de
Justiça (TJ) assinou um convênio com as defensorias públicas do Estado e
da União, as procuradorias gerais do Estado e do Município e as
secretarias estadual e municipal de Saúde. O objetivo é a criação da
Câmara de Resolução de Litígios de Saúde.
- A criação da Câmara é uma oportunidade de unir
esforços para evitar situações em que o médico recebe uma ordem judicial
para internar alguém, quando há outro paciente em estado mais grave
para ser atendido. Pode o médico violentar sua consciência para atender a
uma ordem judicial? É uma questão dramática, muito difícil. O objetivo
da Câmara é evitar isso através da colaboração mútua dos poderes - disse
o desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos.
O novo setor vai funcionar na Rua da Assembleia, em um prédio cedido à Procuradoria do Estado, que passará por obras.
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Acredito que teremos mais agilidade para resolver as questões de saúde,
porque as secretarias de Saúde estarão ali, teremos à mão todo o
controle da Central de Regulação de Vagas - disse o coordenador do
Núcleo de Fazenda Pública da Defensoria estadual, Fabrício El-Jaick.
Para o subsecretário jurídico da Secretaria estadual de Saúde, todos têm a ganhar com a criação da Câmara de Resolução:
-
Se a pessoa precisar de um remédio que não está na lista oficial do
Ministério da Saúde e não houver urgência, será proposta a marcação de
uma consulta com um médico, que vai avaliar se a medicação pode ser
substituída por outra já aprovada. O paciente sairá de lá com a consulta
marcada. Mas se o remédio solicitado já esteja na lista oficial, será
fornecido o endereço do local onde ele vai se cadastrar para receber a
droga - disse Dimasi.
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