terça-feira, 21 de agosto de 2012

7 candidatos “covers” nas eleições 2012

De Michael Jackson a Raul Seixas, de Obama a Bin Laden, da vida real à ficção: candidatos a vereador usam imagens de famosos para tentar convencer os eleitores 

Parece, mas não é

O dicionário Michaelis define a palavra “cover” da seguinte maneira: “indivíduo que é ou se faz sósia de alguém, geralmente para alguma atividade profissional”. Sendo a atividade profissional a política, a definição cai como uma luva para vários candidatos ao cargo de vereador nas eleições 2012.

Os candidatos “covers” vestem roupa e personalidade de famosos de diversas áreas. É uma maneira de se destacar no oceano de mais de 440 mil concorrentes em todo o Brasil.

Se a definição de "cover" for ampliada para o universo da ficção, os números crescem assustadoramente. Só do seriado Chaves, são mais de 120 candidatos, segundo levantamento informal do Fórum Chaves, espaço de discussão que reúne adoradores da longeva série.

Mas o eleitor vai ser convencido? O cientista político Lúcio Rennó, da Universidade de Brasília, acredita que não, salvo exceções. “O Tiririca tem seu nome reconhecido, o que é diferente de você assumir outra personalidade para aumentar sua chance”, opina.

Não há nada na legislação que impeça que um político se associe a um famoso no nome. O artigo 12 da chamada Lei das Eleições estabelece apenas que o nome não deve deixar dúvidas quanto a quem é o candidato, não pode atentar contra o pudor nem ser ridículo ou irreverente.
“E se o candidato é de fato conhecido pelo nome, supõe-se que este não seja então tão ridículo ou irreverente”, explica o advogado especializado em direito eleitoral, Alexis Vargas, do escritório QLD.

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