Enquanto a Anatel não aprovar os planos de melhoria
da qualidade dos serviços, as empresas não poderão vender as linhas em vários
estados.
Uma decisão inédita: a partir de
segunda-feira, três empresas de telefonia celular estão proibidas de vender
novas linhas. Para normalizar a situação, as empresas Oi, TIM e Claro vão ter
de apresentar um plano de melhoria na qualidade dos serviços em até 30 dias.
A Agência
Nacional de Telecomunicações se reúne com as empresas, porque parece que,
muitas vezes, reclamar de um serviço, de um prestador de serviço, não vale a
pena, não vai dar em nada. Tomara que isso mude. Na semana passada, planos de
saúde que desrespeitavam consumidores foram suspensos.
Estão
marcadas para esta quinta-feira (19) as primeiras reuniões entre as empresas
punidas e a Anatel. Na quarta (18), o presidente da agência explicou que as
operadoras têm que ampliar a capacidade das redes para acompanhar o crescimento
da economia e da exigência do consumidor por mais serviços.
“Os
aplicativos sociais, as redes sociais têm exigido cada vez mais serviços, cada
vez mais rede para os usuários”, afirma João Rezende.
As
operadoras de celular têm que apresentar, em até 30 dias, um plano para
melhorar a qualidade dos serviços. “Planos que verse sobre três quesitos
básicos: melhoria na rede, uma diminuição drástica no número de completamento
de chamadas e resolver o problema dos clientes o mais rapidamente no call
center das empresas, elas precisam atender bem o cliente”, afirma o presidente
da Anatel.
Problemas
que o consumidor conhece e reclama há muito tempo.
“Não
consigo completar a ligação”, diz um homem.
“Conforme
o lugar que você vai não dá nem sinal”, afirma uma mulher.
Enquanto
a Anatel não aprovar os planos de melhoria da qualidade dos serviços, a TIM não
vai poder vender novas linhas em 18 estados e no Distrito Federal; a Oi ficará
suspensa em cinco; e Claro, em três estados, inclusive no mercado do país: São
Paulo.
TIM, Oi e
Claro, juntas, têm 70% da telefonia móvel, que hoje passa de 250 milhões de
linhas. Foi a primeira vez que, em uma única decisão, várias empresa foi
proibida vender novas linhas.
Em nota,
a Oi disse que está investindo R$ 6 bilhões este ano. E que o parâmetro que
fundamenta a análise da Anatel não reflete os investimentos para melhorar a
rede.
A TIM
considerou extrema a medida. Informou que já investiu R$ 3 bilhões na expansão
da rede e que vai tomar todas as medidas para voltar a operar normalmente.
A Claro
se mostrou surpresa com a decisão. Também divulgou investimentos de R$ 3,5
bilhões e afirmou que a medida se baseou em problemas pontuais em call centers.
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