Professores,
alunos e funcionários do Instituto de Educação Rangel Pestana afirmaram terem
sido impedidos de entrar na unidade, ontem, por ordem da Secretaria de Estado
de Educação (SEEDUC), com a presença da PM.
Professores só podiam entrar para checar notas e resolver assuntos do
departamento pessoal e logo depois deveriam se retirar. Atividades que seriam
realizadas nessas férias pelos alunos foram canceladas.
“No
momento, vivemos uma ditadura dentro do Rangel, um novo AI5. Estamos todos
muito tristes, indignados com a postura da Secretaria de Educação. Existem
professores com mais de 40 anos de casa sendo desrespeitados. A Secretaria
Estadual de Educação não reconhece nosso pleito. Falam que a medida usada por
eles é normal. Isso tudo não passa de interesse eleitoral”, desabafa um dos
integrantes da comunidade escolar.
O Instituto de Educação Rangel Pestana é um dos mais tradicionais da rede
pública estadual, com mais de 3 mil alunos e foi uma das primeiras escolas do
Brasil a eleger seu próprio diretor. Desde maio a unidade vem sofrendo
intervenções. A primeira delas foi à exoneração da diretora Luiza Leopoldina da
Silva. Desde então pais, alunos e professores vêm realizando diversas
manifestações e dizem não aceitar a posse do novo diretor José Luiz.
Na ultima sexta-feira, a comunidade escolar realizou eleição para a escolha do
novo diretor e se reuniu com integrantes da Comissão de Educação da Assembléia
Legislativa (ALERJ) - deputado Comte Bittencourt e a deputada Djanira Rocha,
que representava o deputado Marcelo Freixo (PSol), além de representante da
SEEDUC com o intuito de solucionar a situação do IERP. Porém nada foi
resolvido. Foi então marcada para o dia 1º de agosto uma audiência da Comissão
de Educação na Secretaria de Educação sobre o concurso para diretores, já que
esse novo modelo não está sendo aceito pelos docentes.
Segundo a comunidade escolar tanto o novo diretor José Luiz, quanto o novo
diretor adjunto Fernando, não prestaram concurso para assumir tais cargos e
estão tendo acesso a documentos da escola. Fernando, aliás, não teve seu nome
publicado no Diário Oficial
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